sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Confissões de uma consciência alcoólatra

Mais uma noite chuvosa, mais notas que saem do Sax, cantando melancolicamente nos meus ouvidos. Ahh, a melancolia, mergulho nela, vejo nos olhares desinteressados das jovens, não, desinteressados não, desinteressantes sim, a juventude perdida. Tão rasos e transparentes quanto uma taça de champanhe.
Sento no sofá, com o copo de whisky, gelo até a metade, aproximadamente três pedras, e o som do jazz que inunda a sala, que se mescla á fumaça dos cigarros baratos. Eu paro e penso, penso que a cabeça pesa, penso que eu quero agir, penso que a vida passa sem que eu veja, penso eu coisas demais... Além do que é saudável. A cidade agora dorme, e eu não, eu me recordo dos bons momentos, aqueles que existiram apenas na minha mente.
A solidão sufoca, morro nela, a melancolia se alimenta dos momentos de fraqueza, e sendo franco... Até agora vivi como um fraco. As conquistas são como cinzas na chuva, desde que eu descobri que nada mais importa...

2 comentários:

  1. É, meu amigo, quer queira, quer não, definitivamente a poesia vive em vc. Bem vindo ao mundo dos submissos a ela.
    Concorde ou não, fomos chamados a "ser gauche na vida!".

    Bjos!

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  2. Os olhares são todos interessados demais, na verdade, mas não se sabe exatamente no quê. Mas não há ao menos uma delas que não tenha as janelas da alma desinteressantes? Nascidos no tempo errado, nós apenas esperamos o vinho tinto. E quanto à vida passar sem que você veja, há o segredo que apenas o álcool traz: você também está passando sem que a vida te veja.

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