segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Vampiros

Nossos olhos vermelhos brilham na escuridão, olhando o calor dos corpos suculentos, banhados de vivacidade... Nossas vozes gelam as almas como o uivo de mil lobos... Longos cabelos ao vento, farejando o cheiro doce do ar; somos bêbados por sangue.
Somos a beleza rejeitada, o romantismo do passado, a elegância já perdida, boêmios de vida eterna... Filhos da noite...
Eis o que somos... seu Melhor pesadelo...

domingo, 27 de setembro de 2009

Festas...

Festas, violinos com notas saltitantes e saias esvoaçantes... Peço um copo, depois outro e mais outro... Pronto, agora estou bem, sem querer saber de mais nada... E que venham as odaliscas da sociedade, e também a musica podre dos bardos de botecos...
Ahh como eu estou bem agora....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vultos do sonhar

Uma espécie de terma, vapor de água flutuando suavemente no ar, enevoando a vista, mas não plenamente, não a ponto de impedir a vista das paredes opostas. Uma luz forte, quase angelical ilumina os azulejos de cor verde escura. Sua fonte é desconhecida, deve vir de alguma abertura no teto alto, sombrio.
Depois de me prender tantos aos detalhes que me rodeiam percebo uma presença sedutora, sorrateira por perto. Os olhos percorrem agilmente o local, e não demoram muito para se depararem com uma figura feminina, no outro extremo da terma. Seu rosto, apesar de confuso em meio á névoa aparenta ser possuidor de grande beleza, com cabelos molhados que não passam do ombro, de uma cor escura, quase preta. Um vestido de seda azul, levemente esverdeado cobre seu corpo úmido e pálido, num tom realmente fantasmagórico.
A musa da terma fica dando voltas até achar um lugar para se sentar. O vestido esvoaçante, mas não muito, devida á umidade que pesa sobre a seda suave. Ela senta num banco recoberto com azulejos, trazendo o pé descalço para perto do busto e assim começa a massagear a perna cansada, na esperança de relaxa os músculos de existência duvidosa.
Acordo suavemente, porém um pouco incomodado... Já é a quarta noite seguida que eu tenho esse sonho... Recosto a cabeça, fecho os olhos e finalmente durmo... Durmo em branco, mais uma vez

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Prelúdios & Noturnos

As horas vão... o sono não vem... e meu pensamento viaja sem ir muito longe, o apito no ouvido e o TICTAC ritmado não me deixam pegar no sono... a mente só vê rostos de pálidos anjos na frente de bucólicas árvores... ou seriam prédios.
Quem sabe não seja a visão da morte, sentada no seu trono gélido, esperando mais uma alma quente...
Aiai... em algumas ocasiões o silêncio é tudo que eu desejo... em outras o esquecimento...

Tempo....

Nada no mundo é mais cruel do que o tempo. Seus compaços descompaçados de venerável rebeldia. O Modo como o tempo se molda justamente para caotizar a minha existência, já tão sem sentido. Tormentos duram anos e prazeres, poucos segundos... Palavras demoram anos para chegar a boca, olhos levam segundos para chegar ao papel...
De tantas outras coisas o tempo é apenas mais um fator que atrapalha minha vida, com seus ponteiros anárquicos, batendo durante a noite em altos estalos... tirando as horas que podia esquecer dos meus problemas...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Engrenagens por toda a parte

A vida faz piadas cruéis e de mau gosto. Porque apenas poucas pessoas vêm a verdade... enquanto o resto se joga em um hedonismo sujo e sem sentido, na esperança de que a vida seja melhor... e no fim das contas o “resto” tem razão, a vida é um inimiga quando se sabe demais... e ao mesmo tempo não se sabe nada...
Mas essa visão de mundo me desagrada mais do que as travessuras doentias da vida. Um mundo de prazeres fúteis e passageiros, não me parece promissor... talvez eu peça para ser infeliz, mas ao menos não sou mais uma “engrenagem iludida”