terça-feira, 23 de agosto de 2011

O corre-corre apressado de mais uma manhã fria e nublada, entro no ônibus, me comprimo entre as pessoas, pago meu dizimo ao cobrador, me comprimo mais pouco, rastejo até a porta, espero pacientemente meu ponto... Ainda vai demorar, é o 5º ponto, mas é melhor ficar de prontidão perto da porta.
Na busca por alguma figura interessante, algo pra fitar na viagem, os olhos se cruzam... "você estava mesmo olhando pra mim?"... O dialogo é nulo, um monólogo ingênuo dentro da minha mente. Desvio o olhar, olho pra baixo, olho de novo... Ainda sou observado. Um sorriso sutil se abre... Assim como a porta. O ônibus para, ela sai... Eu fico.
Cada um no seu caminho, ambos perdidos no frio solitário da cidade grande.